Espiritismo é uma doutrina religiosa revelada por Espíritos Superiores, através de médiuns, codificada por Allan Kardec, educador francês, em Paris, em 18 de abril de 1857 e é composta de princípios filosóficos, científicos e religiosos.
Revelações Espirituais na História da Humanidade
Revelar significa tirar o véu, mostrar, tornar conhecido o que é secreto. As leis divinas são reveladas às criaturas humanas de acordo com o seu grau de entendimento e capacidade de compreensão das verdades reveladas.
Periodicamente. a Espiritualidade Maior revela aos homens os princípios que norteiam os caminhos do bem, embora nem todos os aceitem ou deles se apercebam. Isso porque têm livre-arbítrio.
As revelações acontecem em épocas variadas, e povos, os mais diversos, as recebem, através do ensino de profetas inspirados e de instrutores espirituais capacitados. A vivência e a prática desses ensinamentos promovem a evolução espiritual das criaturas.
No Oriente, desde remotas eras. verificaram-se um grande número de revelações. Aqui nos referimos a três grandes Revelações Divinas:
A 1ª Revelação, com Moisés, no Monte Sinai, quando foram recebidos os Dez Mandamentos. Aprendemos a Lei da Justiça.
A 2ª Revelação, com Jesus, quando recebemos ensinamentos do Evangelho. Aprendemos a Lei do Amor.
A 3ª Revelação, com o Espiritismo, quando recebemos a Doutrina Espírita que nos mostra a existência de outro mundo, mais real que o nosso —o mundo espiritual explicando a origem e a natureza dos seres que o habitam.
São três grandes Revelações sucessivas e complementares, pois a segunda engloba a primeira, tanto quanto a terceira enfeixa a segunda e não se encerra.
O Paracleto (O Consolador Prometido por Jesus)
Encontramos no Evangelho de João 14:16-26 a alvissareira notícia que Jesus transmitira aos seus discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador” (...) “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”, prosseguiu o Mestre, informando que em tempo oportuno a humanidade seria, mais uma vez, agraciada pelas lições redentoras do seu Evangelho de Amor. “Mas o Consolador (o Paracleto), o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito.”
O termo Paracleto cujas raízes gregas (parakietus) o traduzem corno consolador. confortador ou intercessor, em linguagem teológica, ganhou o significado de Espírito Santo, conforme o parágrafo anterior.
Quando Jesus, ao se referir ao Paracleto, afirmou: “A fim de que esteja para sempre convosco”, deixou claro que o prometido advento do Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê nem o conhece”, não estaria representado num corpo material. Seria eterno e com os alicerces pousados na espiritualidade.
Registram-se na História Universal ilustres personalidades que resumiram as leis universais em ensinamentos significativos, gerando escolas que perduraram por séculos. sem. entretanto, se terem enraizado no seio da humanidade: fazer aos outros o que queremos que nos façam, disse Confúcio: abolir o egoísmo e o desejo foi lição de Buda: o saber gera as virtudes é o legado de Sócrates. Deus é justiça. ensinou Moisés ao homem recém-saído da animalidade; Deus é amor, exemplificou Jesus aos olhos da humanidade que “não o via nem o conhecia”. Todas essas lições não resistiram ao p abrasivo dos séculos, foram vítimas do esquecimento e das adulterações.
O Espiritismo, proclamando altamente que Deus é liberdade com responsabilidade, vem no tempo marcado cumprir a promessa do Cristo. O seu advento é obra de uma plêiade de Espíritos Superiores presidida pelo Espírito da Verdade. Conclama os homens à observância da Lei, fala-lhes sem figuras nem alegorias. levantando o véu propositadamente deixado sobre certos mistérios, e os concita à prática do bem e à consolação pela fé e esperança.
Fora da caridade não há salvação! É a síntese dos ensinamentos metodicamente organizados que compõem a Doutrina Espírita.
Prometendo a consolação pela fé. ensina-nos que esta é a Divina inspiração de Deus que desperta as virtudes e conduz o homem ao bem: é a base da regeneração. Concluímos, portanto, que as consolações esperadas são decorrentes da redenção: nos redimimos e seremos consolados.
A Doutrina Espírita, que, conforme exposto, tem por finalidade precípua a redenção do homem pelo Evangelho, surgiu na França, em Paris, no século XIX. Foi em 18 de abril de 1857 que Allan Kardec, o insigne codificador, apresentou aos homens O Livro dos Espíritos, que é a pedra angular do Espiritismo.
Convém ressaltar que Kardec, cuja biografia será estudada na aula seguinte, não foi o autor do Espiritismo. Confirmando o caráter impessoal da Terceira Revelação, ele foi o codificador, ou. em outras palavras, devemos ao professor lionês a compilação e coordenação das grandes indagações, que. transformadas em perguntas objetivas, foram submetidas aos Espíritos Superiores. O conjunto de perguntas e respostas compõe O Livro dos Espíritos.
Kardec. homem de visão ampla e dotado de profunda sabedoria, dedicou-se a um trabalho diuturno de pesquisas avançadas no infindável campo do conhecimento, sendo capaz de reunir, ao longo de dois exaustivos anos, as questões que resumiam a inquietude dos homens.
O Espiritismo surgiu numa época em que, conforme nos relata o professor Carlos lmbassahy. em A Missão de Allan Kardec, a palavra de Deus estava esquecida. Os processos de investigação iam ganhando vulto e tudo passava ao império da lei. Era o completo desbarato das religiões que se tornavam impotentes diante do progresso material. Corruptores e corrompidos, para todos a virtude era motivo de irrisão. Imperava o sentimento bélico; a bandeira do Cristo, nas mãos de católicos e protestantes, trouxe à Europa, durante vários séculos, a inquietação, a ruína, a devastação, o sangue, o luto e a morte.
Em nome de Jesus cometeram-se as maiores perfídias, como a da noite de São Bartolomeu; as maiores insânias, como a das Cruzadas as maiores crueldades, como o extermínio dos cátaros ou albigenses; a maior infâmia, como a Inquisição, e as maiores espoliações, como o confisco dos bens das vítimas.
Foi após esse período crítico para a humanidade que surgiu o Espiritismo: manhã de claridade e de luz, aurora de um mundo novo!
Antes de finalizarmos este item, desejamos ressaltar a habilidade de Allan Kardec ao apresentar o Espiritismo como uma doutrina filosófico-moral. Claro está que. se fosse rotulada como religião, estaria fadada ao descrédito e ao desinteresse da parte da humanidade já cansada de religiões e vítima das arbitrariedades cometidas em nome das mesmas. “Competia ao Codificador reorganizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às suas profundas bases religiosas” (Emmanuel - A Caminho da Luz).
Em seu discurso proferido em 1 de novembro de 1868, diz Kardec com clareza:
“Se assim é, perguntarão, então, o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isso, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza.
Por que, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não há urna palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que. na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios. Não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública.
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral”.
RELIGIÃO
Religião, como todos sabem, significa religar a Deus, subir a Deus na evolução; e como Jesus disse que era o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém iria ao Pai senão por Ele, querendo dizer “senão respeitando seus ensinamentos”, segue-se que ser religioso é evangelizar-se, unir-se a Jesus para que, por Ele, se realize a união com Deus.
Mas como somos uma partícula de Deus, Deus. portanto, estando em nós, é caminhando para dentro de nós, encontrando-nos a nós mesmos, revelando a partícula, a luz de Deus em nós, exteriorizando-a e, neste caso, devidamente purificada e evoluída, que poderemos nos reunir a Deus através de Jesus.
E como a base moral do Espiritismo é a transformação espiritual dos adeptos, o caráter religioso da Doutrina deve ser o predominante, mesmo porque é o único que assegura a esta humanidade sofredora e espiritualmente atrasada, a união com Deus através de Jesus pelos caminhos bem definidos do Evangelho.
A religião é impulso natural de todos os seres; Jesus jamais se referia a religiões, mas somente a ensinamentos e leis verdadeiras.
O Evangelho aconselha tolerância e perdão para culpas e erros, mas isso quer dizer que devemos tolerar práticas religiosas inferiores e conceitos religiosos ou filosóficos sejam quais forem?
Como cada qual adota a crença para a qual é atraído pela sua condição evolutiva, não nos cabe condenar nem aceitar. acumpliciando-nos com elas. Jesus mesmo não profligou o procedimento de escribas e fariseus?
Mas o fazia porque eles tinham em vista destruir os ensinamentos que Ele derramava no seio do povo, e que acabaram por levá-lo à cruz.
Mas qual foi sua atitude quando crucificado? Foi concordante com esses ensinamentos, quando disse que perdoava os verdugos porque eles não sabiam o que faziam.
Não condenemos a ignorância, mas ajudemos a combatê-la, espargindo as luzes do conhecimento.
Do Livro “Falando ao Coração” de Edgard Armond
Revelações Espirituais na História da Humanidade
Revelar significa tirar o véu, mostrar, tornar conhecido o que é secreto. As leis divinas são reveladas às criaturas humanas de acordo com o seu grau de entendimento e capacidade de compreensão das verdades reveladas.
Periodicamente. a Espiritualidade Maior revela aos homens os princípios que norteiam os caminhos do bem, embora nem todos os aceitem ou deles se apercebam. Isso porque têm livre-arbítrio.
As revelações acontecem em épocas variadas, e povos, os mais diversos, as recebem, através do ensino de profetas inspirados e de instrutores espirituais capacitados. A vivência e a prática desses ensinamentos promovem a evolução espiritual das criaturas.
No Oriente, desde remotas eras. verificaram-se um grande número de revelações. Aqui nos referimos a três grandes Revelações Divinas:
A 1ª Revelação, com Moisés, no Monte Sinai, quando foram recebidos os Dez Mandamentos. Aprendemos a Lei da Justiça.
A 2ª Revelação, com Jesus, quando recebemos ensinamentos do Evangelho. Aprendemos a Lei do Amor.
A 3ª Revelação, com o Espiritismo, quando recebemos a Doutrina Espírita que nos mostra a existência de outro mundo, mais real que o nosso —o mundo espiritual explicando a origem e a natureza dos seres que o habitam.
São três grandes Revelações sucessivas e complementares, pois a segunda engloba a primeira, tanto quanto a terceira enfeixa a segunda e não se encerra.
O Paracleto (O Consolador Prometido por Jesus)
Encontramos no Evangelho de João 14:16-26 a alvissareira notícia que Jesus transmitira aos seus discípulos: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador” (...) “Não vos deixarei órfãos, voltarei para vós outros”, prosseguiu o Mestre, informando que em tempo oportuno a humanidade seria, mais uma vez, agraciada pelas lições redentoras do seu Evangelho de Amor. “Mas o Consolador (o Paracleto), o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito.”
O termo Paracleto cujas raízes gregas (parakietus) o traduzem corno consolador. confortador ou intercessor, em linguagem teológica, ganhou o significado de Espírito Santo, conforme o parágrafo anterior.
Quando Jesus, ao se referir ao Paracleto, afirmou: “A fim de que esteja para sempre convosco”, deixou claro que o prometido advento do Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê nem o conhece”, não estaria representado num corpo material. Seria eterno e com os alicerces pousados na espiritualidade.
Registram-se na História Universal ilustres personalidades que resumiram as leis universais em ensinamentos significativos, gerando escolas que perduraram por séculos. sem. entretanto, se terem enraizado no seio da humanidade: fazer aos outros o que queremos que nos façam, disse Confúcio: abolir o egoísmo e o desejo foi lição de Buda: o saber gera as virtudes é o legado de Sócrates. Deus é justiça. ensinou Moisés ao homem recém-saído da animalidade; Deus é amor, exemplificou Jesus aos olhos da humanidade que “não o via nem o conhecia”. Todas essas lições não resistiram ao p abrasivo dos séculos, foram vítimas do esquecimento e das adulterações.
O Espiritismo, proclamando altamente que Deus é liberdade com responsabilidade, vem no tempo marcado cumprir a promessa do Cristo. O seu advento é obra de uma plêiade de Espíritos Superiores presidida pelo Espírito da Verdade. Conclama os homens à observância da Lei, fala-lhes sem figuras nem alegorias. levantando o véu propositadamente deixado sobre certos mistérios, e os concita à prática do bem e à consolação pela fé e esperança.
Fora da caridade não há salvação! É a síntese dos ensinamentos metodicamente organizados que compõem a Doutrina Espírita.
Prometendo a consolação pela fé. ensina-nos que esta é a Divina inspiração de Deus que desperta as virtudes e conduz o homem ao bem: é a base da regeneração. Concluímos, portanto, que as consolações esperadas são decorrentes da redenção: nos redimimos e seremos consolados.
A Doutrina Espírita, que, conforme exposto, tem por finalidade precípua a redenção do homem pelo Evangelho, surgiu na França, em Paris, no século XIX. Foi em 18 de abril de 1857 que Allan Kardec, o insigne codificador, apresentou aos homens O Livro dos Espíritos, que é a pedra angular do Espiritismo.
Convém ressaltar que Kardec, cuja biografia será estudada na aula seguinte, não foi o autor do Espiritismo. Confirmando o caráter impessoal da Terceira Revelação, ele foi o codificador, ou. em outras palavras, devemos ao professor lionês a compilação e coordenação das grandes indagações, que. transformadas em perguntas objetivas, foram submetidas aos Espíritos Superiores. O conjunto de perguntas e respostas compõe O Livro dos Espíritos.
Kardec. homem de visão ampla e dotado de profunda sabedoria, dedicou-se a um trabalho diuturno de pesquisas avançadas no infindável campo do conhecimento, sendo capaz de reunir, ao longo de dois exaustivos anos, as questões que resumiam a inquietude dos homens.
O Espiritismo surgiu numa época em que, conforme nos relata o professor Carlos lmbassahy. em A Missão de Allan Kardec, a palavra de Deus estava esquecida. Os processos de investigação iam ganhando vulto e tudo passava ao império da lei. Era o completo desbarato das religiões que se tornavam impotentes diante do progresso material. Corruptores e corrompidos, para todos a virtude era motivo de irrisão. Imperava o sentimento bélico; a bandeira do Cristo, nas mãos de católicos e protestantes, trouxe à Europa, durante vários séculos, a inquietação, a ruína, a devastação, o sangue, o luto e a morte.
Em nome de Jesus cometeram-se as maiores perfídias, como a da noite de São Bartolomeu; as maiores insânias, como a das Cruzadas as maiores crueldades, como o extermínio dos cátaros ou albigenses; a maior infâmia, como a Inquisição, e as maiores espoliações, como o confisco dos bens das vítimas.
Foi após esse período crítico para a humanidade que surgiu o Espiritismo: manhã de claridade e de luz, aurora de um mundo novo!
Antes de finalizarmos este item, desejamos ressaltar a habilidade de Allan Kardec ao apresentar o Espiritismo como uma doutrina filosófico-moral. Claro está que. se fosse rotulada como religião, estaria fadada ao descrédito e ao desinteresse da parte da humanidade já cansada de religiões e vítima das arbitrariedades cometidas em nome das mesmas. “Competia ao Codificador reorganizar o edifício desmoronado da crença, reconduzindo a civilização às suas profundas bases religiosas” (Emmanuel - A Caminho da Luz).
Em seu discurso proferido em 1 de novembro de 1868, diz Kardec com clareza:
“Se assim é, perguntarão, então, o Espiritismo é uma religião? Ora, sim, sem dúvida, senhores. No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos glorificamos por isso, porque é a doutrina que funda os elos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as mesmas leis da natureza.
Por que, então, declaramos que o Espiritismo não é uma religião? Porque não há urna palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que. na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem. Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí senão uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios. Não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes se levantou a opinião pública.
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual do vocábulo, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis porque simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral”.
RELIGIÃO
Religião, como todos sabem, significa religar a Deus, subir a Deus na evolução; e como Jesus disse que era o Caminho, a Verdade e a Vida e que ninguém iria ao Pai senão por Ele, querendo dizer “senão respeitando seus ensinamentos”, segue-se que ser religioso é evangelizar-se, unir-se a Jesus para que, por Ele, se realize a união com Deus.
Mas como somos uma partícula de Deus, Deus. portanto, estando em nós, é caminhando para dentro de nós, encontrando-nos a nós mesmos, revelando a partícula, a luz de Deus em nós, exteriorizando-a e, neste caso, devidamente purificada e evoluída, que poderemos nos reunir a Deus através de Jesus.
E como a base moral do Espiritismo é a transformação espiritual dos adeptos, o caráter religioso da Doutrina deve ser o predominante, mesmo porque é o único que assegura a esta humanidade sofredora e espiritualmente atrasada, a união com Deus através de Jesus pelos caminhos bem definidos do Evangelho.
A religião é impulso natural de todos os seres; Jesus jamais se referia a religiões, mas somente a ensinamentos e leis verdadeiras.
O Evangelho aconselha tolerância e perdão para culpas e erros, mas isso quer dizer que devemos tolerar práticas religiosas inferiores e conceitos religiosos ou filosóficos sejam quais forem?
Como cada qual adota a crença para a qual é atraído pela sua condição evolutiva, não nos cabe condenar nem aceitar. acumpliciando-nos com elas. Jesus mesmo não profligou o procedimento de escribas e fariseus?
Mas o fazia porque eles tinham em vista destruir os ensinamentos que Ele derramava no seio do povo, e que acabaram por levá-lo à cruz.
Mas qual foi sua atitude quando crucificado? Foi concordante com esses ensinamentos, quando disse que perdoava os verdugos porque eles não sabiam o que faziam.
Não condenemos a ignorância, mas ajudemos a combatê-la, espargindo as luzes do conhecimento.
Do Livro “Falando ao Coração” de Edgard Armond
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